quinta-feira, 9 de julho de 2015

Primeira República


Essa imagem representa o esquema do período da Primeira República, em que há a República Oligárquica e a República da Espada, cada uma com suas próprias características.



República da Espada


É conhecido como República da Espada, o período onde o Brasil enfrentou a ditadura militar entre os anos de 1889 e 1894, em que os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto tomaram a frente das decisões no Brasil já que a monarquia foi derrubada e os militares tomaram a liderança. Em 15 de novembro de 1889 Marechal Floriano proclamou a república, derrubando assim a monarquia, mas ele não agiu por toda a sociedade com este ato e sim para um pequeno grupo de militares que estava insatisfeita com as decisões do império.  A partir desta revolta eles organizaram uma revolução que muitos imaginavam ser uma parada militar, mas que na verdade era um golpe que apenas após a execução pôde ser identificado. Sem ter como lutar contra, ou resistir, Dom Pedro II se viu obrigado a entregar o poder nas mãos de um golpe de estado que o atacou sem que nem ele nem ninguém mais esperassem. Neste período o Brasil mostrou uma tomada de decisões de grande importância para a sua história, como por exemplo, a separação definitiva da Igreja com o estado, dando fim ao regime de apadroado; A instituição do casamento civil e a criação da nova bandeira nacional com o lema "Ordem e Progresso". Com a implantação da República da Espada, pelas mãos de Deodoro, teve início um novo problema, uma disputa para se determinar qual seria o modelo republicano a ser adotado pelo governo.

Se de um lado os militares apoiavam a ideia de um regime centralizador, por outro as oligarquias rurais e os grandes cafeicultores de São Paulo se mostravam contra essa ideia, alegando que deveria acontecer a implantação de um regime que fosse voltado aos estados, que não pudessem ser controlados economicamente nem se sentir ameaçado. Além disso, podemos destacar que o grande objetivo desses donos de terras era o de aumentar cada vez mais o poder de veto, fazendo com que dessa forma seus interesses fossem cada vez mais ampliados e realizados. Deodoro da Fonseca começou a passar por problemas de saúdes graves e uma série de problemas em seu governo, não conseguindo lidar com os grevistas nem com as oligarquias cafeeiras ele decidiu renunciar deixando seu vice, Floriano Peixoto, assumir seu lugar. Agora Floriano assume a presidência, embora apenas na teoria, pois na documentação continuaria a ser vice. A constituição declarava que deveria existir uma nova eleição, mas Floriano fez valer sua própria vontade, descumprindo a lei. Em seu governo ele tomou muitas decisões que ajudavam a população, e esse era o objetivo, e que de certa forma foi alcançado. Ao obter a simpatia de grande parte do povo, ele iniciou a consolidação da república, porém logo de cara ele teve que enfrentar revoltas, como a Revolução Federalista, que ocorreu no Rio Grande do Sul, essa revolução só teve fim quando o governo Floriano já havia acabado, em 1895, tendo o exército republicano vitorioso. No entanto, a república da Espada não resistiu ao poder político dos barões do café de São Paulo e dos pecuaristas de Minas Gerais, que deram início a uma nova fase da história da política do Brasil, que ficou conhecida como a República do Café com Leite, em decorrência dos inúmeros acordos existentes entre os dois estados.

República Oligárquica


Denomina-se República Oligárquica um período da República Velha, que durou de 1894 a 1930. Esse período se inicia após a saída de Floriano Peixoto do poder, substituído por Prudente de Morais.
A morte de Floriano Peixoto e os conflitos surgidos na época, geraram desgastes e fizeram com que os militares se afastassem do poder, o que abriu caminho para uma ascensão das elites agrárias. Com a eleição de Prudente de Moraes, iniciou-se uma nova política no Brasil, dominada pelas oligarquias.
Nesse período que surgiu a política café-com-leite. Café e leite eram os principais produtos de São Paulo e Minas Gerais, respectivamente. Essa política se baseou no revezamento entre políticos destes dois Estados na presidência do país, por serem os mais ricos do Brasil.
A base da política café-com-leite tinha nome: coronelismo. Os coronéis da época eram grandes latifundiários e tinham o direito de formar milícias em suas propriedades, combatendo qualquer levante popular. Sendo assim, camponeses e trabalhadores se viam subordinados ao poder militar e político dos coronéis. Ir contra o candidato do coronel nas eleições,  era uma atitude que resultaria no assassinato do indivíduo, sendo o voto aberto. Essa dinâmica eleitoral ficou conhecida como voto de cabresco.
Dessa forma, os coronéis, grandes fazendeiros, optavam por candidatos da política café-com-leite, onde os candidatos focavam suas decisões visando defender os negócios dos latifundiários, que em troca lhe ofereciam regalias, financiamentos e cargos públicos.
Um dos motivos do fim da República Oligárquica, está a queda do preço do café brasileiro em consequência da quebra da Bolsa de Nova York, fortalecimento dos centros urbanos e a insatisfação de empresários ligados à indústria, que achavam que o governo não dava a atenção necessária para a atividade industrial.
 A República Oligárquica teve fim com a Revolução de 1930, marcando o início da Era Vargas. 


  • Referências Bibliográficas:

Anotações em Aula para a montagem do esquema;


 Componentes: Ana Elise Schwan, Camila Aguiar, Estéfany Receputi e Leonardo Bolelli.


Brasil Império

      De acordo com as aulas ministradas pelo professor Bruno Moura no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus de Alegre, criamos um blog para divulgar o assunto aprendido em sala de aula com o objetivo de reforçar os conteúdos didáticos nesse primeiro semestre de 2015.


Dia 8 de Abril de 2015
    Metodologia sobre o trabalho da ditadura
    Sorteio da memória de aula (1º Reinado e Período Regencial)

Dia 10 de Abril de 2015
    Brasil Imperial (café)
    Consolidação do estado nacional

Dia 15 de Abril de 2015
    O café e no Estado Nacional
    A expansão cafeeira
    As Ferrovias

Dia 17 de Abril de 2015
    Transição para o trabalho assalariado


Primeiro Reinado (1822 a 1831)

Brasil Imperial é um período da história brasileira entre 7 de setembro de 1822 (Independência do Brasil) e 15 de novembro de 1889 (Proclamação da República). Neste período, o Brasil foi governado por dois monarcas: D. Pedro I e D. Pedro II.

Primeiro Reinado (1822 a 1831)
-7 de setembro de 1822: Proclamação da Independência do Brasil por D. Pedro I (então príncipe regente).
12 de outubro de 1822 –D. Pedro I é aclamado imperador no Rio de Janeiro.
1823–Reunião da Assembleia Geral Constituinte e Legislativa com o objetivo de criar a primeira constituição brasileira. Com pouco tempo de trabalha, a Assembleia é dissolvida pelo imperador que cria o Conselho de Estado.
1824 – A Constituição Brasileira é outorgada por D.Pedro I.
1824 – Confederação do Equador: movimento revolucionário e emancipacionista ocorrido na região nordeste do Brasil.
1825 a 1828 – Guerra da Cisplatina: movimento que tornou a região do Uruguai independente do Brasil.

1831 – Após muitos protestos populares e oposição de vários setores da sociedade, D. Pedro I abdica ao trono em favor de seu filho.





Período Regencial (1831 a 1840)

Neste período o Brasil foi governado por regentes. Regência Trina Provisória, Regência Trina Permanente, Regência Una de Feijó, Regência Una de Araújo Lima
O período foi marcado por várias revoltas sociais. A maior parte delas eram em protesto contra as péssimas condições de vida, alta de impostos, autoritarismo e abandono social das camadas mais populares da população. Neste contexto podemos citar: Balaiada, Cabanagem, Sabinada, Guerra dos Malês, Cabanada e Revolução Farroupilha.
1840 (23 de julho) - Golpe da Maioridade com apoio do Partido Liberal. Maioridade de D.Pedro II foi declarada.

Segundo Reinado (1840 a 1889)

1841 – D.Pedro II é coroado imperador do Brasil.
1844 – Decretação da Tarifa Alves Branco que protege as manufaturas brasileiras.
1850 – Lei Eusébio de Queiroz: fim do tráfico de escravos.
1862 e 1865 – Questão Christie – rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Grã-Bretanha.-
1864 a 1870 – Guerra do Paraguai – conflito militar na América do Sul entre o Paraguai e a Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com o apoio do Reino Unido. Em 1870 é declarada a derrota do Paraguai.
1870 – Fundação do Partido Republicano Brasileiro.
1871 – Lei do Ventre Livre: liberdade aos filhos de escravas nascidos a partir daquela data.
1872 a 1875 – Questão Religiosa: conflito pelo poder entre a Igreja Católica e a monarquia brasileira.
1875 – Começa o período de imigração para o Brasil. Italianos, espanhóis, alemães e japoneses chegam ao Brasil para trabalharem na lavoura de café e nas indústrias.
1882 – Início do Ciclo da Borracha: o Brasil torna-se um dos principais produtores e exportadores de borracha do mundo.
1884 a 1887 – Questão Militar: crise política e conflitos entre a Monarquia Brasileira e o Exército.
1885 – Lei dos Sexagenários: liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade.
1888– Lei Áurea decretada pela Princesa Isabel: abolição da escravidão no Brasil.
1889– Proclamação da República no Brasil em 15 de novembro. Fim da Monarquia e início da República.






   Sugestões de filmes, novelas e documentários sobre o assunto:

Brasil Império

Governo Geral, Independência e Primeiro Reinado

Título
Tipo
Ano de
lançamento
Autor
Assunto
Carlota Joaquina, Princesa do Brazil
longa de ficção
1995
Carla Camurati
A história de Carlota Joaquina, de seu casamento com Dom João e vinda ao Brasil.20
1808 – A Corte no Brasil (Chegada da Família Real ao Brasil)
documentário
2008
Rede Globo
Traz entrevistas com historiadores britânicos, portugueses e brasileiros, explicando quais os fatores que obrigaram a vinda da família real ao Brasil, como se desdobrou essa atitude do rei e como funcionou a corte durante todo aquele período.
Independência ou Morte
longa de ficção
1972
Carlos Coimbra
Versão heróica e quase mítica do processo que levou à emancipação política do Brasil em relação a Portugal.21
O Quinto dos Infernos
minissérie televisiva
2002
Antônio Calmon
Os bastidores da Independência do Brasil e a fundação do Império Brasileiro.22
Joana Angélica
longa de ficção
1979
Walter Lima Jr.
O martírio da sóror Joana Angélica, durante a Guerra de Indepêndencia na Bahia.23
Marquesa de Santos
minissérie televisiva
1984
Wilson Aguiar Filho e Carlos Heitor Cony
A história de Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, a mais famosa das amantes de D. Pedro I, imperador do Brasil.24
    Dona Beija, telenovela de Wilson Aguiar Filho
    Sinhá Moça, de Tom Payne e também foi telenovela de Benedito Ruy Barbosa
    O Natal do Menino Imperador, especial da Rede Globo
    Dom João no Brasil, desenho animado


Período Regencial e Segundo Reinado

Título
Tipo
Ano de
lançamento
Autor
Assunto
Anahy de Las Misiones
longa de ficção
1997
Sérgio Silva
A andarilha Anahy viaja pelos campos de batalha do Rio Grande do Sul durante a Revolução Farroupilha. 28
Chiquinha Gonzaga
minissérie televisiva
1999
Lauro César Muniz e Marcílio Moraes
A vida da compositora Chiquinha Gonzaga.33
A Casa das Sete Mulheres
minissérie televisiva
2003
Jayme Monjardim
Baseada no romance de Letícia Wierzchowski, narrando a saga da família de Bento Gonçalves, cujos homens participam da Revolução Farroupilha e as mulheres permanecem à espera de um desfecho, na estância da família.25
O Xangô de Baker Street
longa ficção
2001
Miguel Faria Jr.
Baseado no romance de Jô Soares, mostra a vinda de Sherlock Holmes e seu inseparável companheiro Dr. Watson ao Rio de Janeiro Imperial.31
O Tempo e o Vento
minissérie televisiva
1985
Regina Braga e Doc Comparato
Baseado no romance de Érico Veríssimo, conta a história de formação do Rio Grande do Sul, através da família Cambará.26
Guerra do Brasil - Toda Verdade Sobre a Guerra do Paraguai
documentário
1987
Sylvio Back
Neste filme entrelaçam-se a história oficial, o imaginário popular e a crítica de militares, cronistas e historiadores sobre a Guerra do Paraguai.29
Netto Perde Sua Alma
longa de ficção
2001
Tabajara Ruas
O filme acompanha Antônio de Sousa Neto um general brasileiro ferido em combate na Guerra do Paraguai.30
Mauá - O Imperador e o Rei
longa de ficção
1999
Sérgio Rezende
O filme mostra a infância, o enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Sousa (1813–1889), o empreendedor gaúcho mais conhecido como Barão de Mauá.32
Abolição
minissérie televisiva
1988
Walter Avancini
Relato da vida da escrava Iná Inerã e do negro alforriado Lucas Tavares, até o desenrolar da Lei Áurea pela Princesa Isabel.
O Tempo e o Vento
longa de ficção
2013
Jayme Monjardim
Versão cinematográfica do romance de Érico Veríssimo.27
    Cruz e Sousa - O Poeta do Desterro, de Sylvio Back


Vídeos;



O Período do Café no Brasil

Síntese 'O Período do Café no Brasil' com os tópicos:

- O Império do Café
- O Café e o Estado Nacional
- As ferrovias

Café: base econômica do Segundo Reinado. A superação da crise regencial, a reorientação centralista e conservadora e a consequente estabilidade do Império a partir de 1850 encontram-se intimamente relacionadas à economia cafeeira.

A estrutura econômica e social do Brasil não havia sido alterada com a emancipação política e continuava, em essência, tão colonial e escravista quanto fora durante o período colonial. Estruturada para a monocultura, a economia colonial e escravista no Brasil prosperou quando produziu uma mercadoria de grande aceitação no mercado europeu e, também, quando não era ameaçada pela concorrência. Assim aconteceu com o açúcar no passado e agora com o café, em meados do século XIX.

O Café e o Estado nacional - a estrutura econômica e social do Brasil não havia sido alterada com a emancipação política e continuava, em essência, tão colonial e escravista quanto fora durante o período colonial. Estruturada para a monocultura, a economia colonial e escravista no Brasil prosperou quando produziu uma mercadoria de grande aceitação no mercado europeu e, também, quando não era ameaçada pela concorrência. Assim aconteceu com o açúcar no passado e agora com o café, em meados do século XIX.

Desenvolvendo-se principalmente no sudeste (Rio, Minas e São Paulo), a cafeicultura forneceu uma sólida base econômica para o domínio dos grandes proprietários daquela região e favoreceu, enfim, a definitiva consolidação do Estado nacional.

As Ferrovias - Em 04 de outubro de 1880, o governo imperial autorizava a construção da companhia de estrada de ferro que ligaria São Carlos ao terminal da via férrea que chegava até Rio Claro.

As plantações de café da região estavam em pleno desenvolvimento e o preço desse produto no mercado externo alcançava cada vez mais resultados favoráveis. Era necessário que se apressasse a chegada do café dos fazendeiros sãocarlenses ao porto de Santos. A solução mais adequada para o momento era a ferrovia estender-se até a nossa região.

As companhias inglesas dominavam a construção das ferrovias e o alto custo desse empreendimento fez com que ficássemos submetidos a elas. Em 06 de setembro de 1865, a primeira locomotiva chegava oficialmente à São Paulo.

Em 1867 a ferrovia chegava até Jundiaí, que passou a ser a principal cidade para onde o café sãocarlense era transportado (no lombo de animais), para chegar até o porto de Santos.

Em 1872 era a vez de Campinas ser alcançada pela ferrovia, mas dessa vez pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Comunicações Fluviais, empresa genuinamente brasileira e paulista. Em agosto de 1876 a estrada chegava a São João do Rio Claro (atual cidade de Rio Claro), a apenas dez léguas de nossa cidade, o que facilitou em muito o trajeto de nosso produto até Santos.





    Referências usadas para o trabalho:
  













COMPONENTES: ÁTILA VALADÃO, MARCELA GUSSANI E NICOLE AZEVEDO.