De acordo com as aulas ministradas pelo professor Bruno Moura
no Instituto Federal do Espírito Santo - Campus de Alegre, criamos um blog para
divulgar o assunto aprendido em sala de aula com o objetivo de reforçar os
conteúdos didáticos nesse primeiro semestre de 2015.
Dia 8 de Abril de 2015
•
Metodologia sobre o trabalho da ditadura
•
Sorteio da memória de aula (1º Reinado e Período
Regencial)
Dia 10 de Abril de 2015
•
Brasil Imperial (café)
•
Consolidação do estado nacional
Dia 15 de Abril de 2015
•
O café e no Estado Nacional
•
A expansão cafeeira
•
As Ferrovias
Dia 17 de Abril de 2015
•
Transição para o trabalho assalariado
Primeiro Reinado
(1822 a 1831)
Brasil Imperial é um período da história brasileira entre 7
de setembro de 1822 (Independência do Brasil) e 15 de novembro de 1889
(Proclamação da República). Neste período, o Brasil foi governado por dois
monarcas: D. Pedro I e D. Pedro II.
Primeiro Reinado
(1822 a 1831)
-7 de setembro
de 1822: Proclamação da Independência do Brasil por D. Pedro I (então príncipe
regente).
– 12 de outubro de
1822 –D. Pedro I é aclamado imperador no Rio de Janeiro.
–1823–Reunião da
Assembleia Geral Constituinte e Legislativa com o objetivo de criar a primeira constituição
brasileira. Com pouco tempo de trabalha, a Assembleia é dissolvida pelo
imperador que cria o Conselho de Estado.
– 1824 – A
Constituição Brasileira é outorgada por D.Pedro I.
– 1824 –
Confederação do Equador: movimento revolucionário e emancipacionista ocorrido
na região nordeste do Brasil.
– 1825 a 1828 –
Guerra da Cisplatina: movimento que tornou a região do Uruguai independente do
Brasil.
– 1831 – Após
muitos protestos populares e oposição de vários setores da sociedade, D. Pedro
I abdica ao trono em favor de seu filho.
Período Regencial (1831 a 1840)
– Neste período o
Brasil foi governado por regentes. Regência Trina Provisória, Regência Trina
Permanente, Regência Una de Feijó, Regência Una de Araújo Lima
– O período foi marcado
por várias revoltas sociais. A maior parte delas eram em protesto contra as
péssimas condições de vida, alta de impostos, autoritarismo e abandono social
das camadas mais populares da população. Neste contexto podemos citar:
Balaiada, Cabanagem, Sabinada, Guerra dos Malês, Cabanada e Revolução
Farroupilha.
– 1840 (23 de
julho) - Golpe da Maioridade com apoio do Partido Liberal. Maioridade de
D.Pedro II foi declarada.
Segundo Reinado (1840 a 1889)
1841 – D.Pedro II é coroado imperador do Brasil.
– 1844 –
Decretação da Tarifa Alves Branco que protege as manufaturas brasileiras.
– 1850 – Lei
Eusébio de Queiroz: fim do tráfico de escravos.
– 1862 e 1865 –
Questão Christie – rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e
Grã-Bretanha.-
– 1864 a 1870 –
Guerra do Paraguai – conflito militar na América do Sul entre o Paraguai e a
Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai) com o apoio do Reino Unido. Em
1870 é declarada a derrota do Paraguai.
– 1870 – Fundação
do Partido Republicano Brasileiro.
– 1871 – Lei do
Ventre Livre: liberdade aos filhos de escravas nascidos a partir daquela data.
1872 a 1875 – Questão Religiosa: conflito pelo poder entre
a Igreja Católica e a monarquia brasileira.
– 1875 – Começa o
período de imigração para o Brasil. Italianos, espanhóis, alemães e japoneses
chegam ao Brasil para trabalharem na lavoura de café e nas indústrias.
– 1882 – Início do
Ciclo da Borracha: o Brasil torna-se um dos principais produtores e
exportadores de borracha do mundo.
– 1884 a 1887 –
Questão Militar: crise política e conflitos entre a Monarquia Brasileira e o
Exército.
– 1885 – Lei dos
Sexagenários: liberdade aos escravos com mais de 65 anos de idade.
–1888– Lei Áurea
decretada pela Princesa Isabel: abolição da escravidão no Brasil.
–1889– Proclamação
da República no Brasil em 15 de novembro. Fim da Monarquia e início da
República.
•
Sugestões de filmes, novelas e documentários sobre o assunto:
Brasil Império
Título
|
Tipo
|
Ano de
lançamento |
Autor
|
Assunto
|
Carlota Joaquina, Princesa do Brazil
|
longa de ficção
|
1995
|
Carla
Camurati
|
A história de Carlota Joaquina, de seu
casamento com Dom João
e vinda ao Brasil.20
|
1808 – A Corte
no Brasil (Chegada da Família Real ao Brasil)
|
documentário
|
2008
|
Rede Globo
|
Traz entrevistas com historiadores britânicos,
portugueses e brasileiros, explicando quais os fatores que obrigaram a vinda
da família real ao Brasil, como se desdobrou essa atitude do rei e como
funcionou a corte durante todo aquele período.
|
Independência ou Morte
|
longa de ficção
|
1972
|
Carlos
Coimbra
|
Versão heróica e
quase mítica do processo que levou à emancipação política do Brasil em
relação a Portugal.21
|
O Quinto dos Infernos
|
minissérie televisiva
|
2002
|
Antônio
Calmon
|
Os bastidores
da Independência
do Brasil e a fundação do Império
Brasileiro.22
|
Joana Angélica
|
longa de ficção
|
1979
|
Walter Lima
Jr.
|
O martírio da
sóror Joana
Angélica, durante a Guerra de Indepêndencia na Bahia.23
|
Marquesa de Santos
|
minissérie televisiva
|
1984
|
Wilson Aguiar
Filho e Carlos
Heitor Cony
|
A história de
Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, a mais famosa das
amantes de D. Pedro I, imperador do Brasil.24
|
•
Dona Beija, telenovela
de Wilson Aguiar
Filho
•
Sinhá Moça, de Tom Payne e também
foi telenovela de Benedito Ruy
Barbosa
•
O Natal do Menino
Imperador, especial da Rede Globo
• Dom João no Brasil, desenho animado
Período Regencial e Segundo Reinado
Título
|
Tipo
|
Ano de
lançamento |
Autor
|
Assunto
|
Anahy de Las Misiones
|
longa de ficção
|
1997
|
Sérgio
Silva
|
A andarilha Anahy
viaja pelos campos de batalha do Rio Grande do Sul durante a Revolução
Farroupilha. 28
|
Chiquinha
Gonzaga
|
minissérie televisiva
|
1999
|
Lauro César Muniz e Marcílio Moraes
|
A vida da
compositora Chiquinha
Gonzaga.33
|
A Casa das Sete Mulheres
|
minissérie televisiva
|
2003
|
Jayme Monjardim
|
Baseada no romance
de Letícia
Wierzchowski, narrando a saga da família de Bento Gonçalves, cujos
homens participam da Revolução
Farroupilha e as mulheres permanecem à espera de um desfecho,
na estância da família.25
|
O Xangô de
Baker Street
|
longa ficção
|
2001
|
Miguel
Faria Jr.
|
Baseado no romance
de Jô Soares,
mostra a vinda de Sherlock
Holmes e seu inseparável companheiro Dr. Watson ao Rio de
Janeiro Imperial.31
|
O Tempo e o Vento
|
minissérie televisiva
|
1985
|
Regina
Braga e Doc Comparato
|
Baseado no romance
de Érico
Veríssimo, conta a história de formação do Rio Grande do Sul,
através da família Cambará.26
|
Guerra do Brasil
- Toda Verdade Sobre a Guerra do Paraguai
|
documentário
|
1987
|
Sylvio Back
|
Neste filme
entrelaçam-se a história oficial, o imaginário popular e a crítica de
militares, cronistas e historiadores sobre a Guerra do
Paraguai.29
|
Netto Perde
Sua Alma
|
longa de ficção
|
2001
|
Tabajara
Ruas
|
O filme acompanha
Antônio de Sousa Neto um general brasileiro ferido em combate na Guerra do
Paraguai.30
|
Mauá - O
Imperador e o Rei
|
longa de ficção
|
1999
|
Sérgio
Rezende
|
O filme mostra a
infância, o enriquecimento e a falência de Irineu Evangelista de Sousa
(1813–1889), o empreendedor gaúcho mais conhecido como Barão de Mauá.32
|
Abolição
|
minissérie televisiva
|
1988
|
Walter
Avancini
|
Relato da vida da escrava Iná Inerã e do negro
alforriado Lucas Tavares, até o desenrolar da Lei Áurea pela Princesa Isabel.
|
O Tempo e o Vento
|
longa de ficção
|
2013
|
Jayme Monjardim
|
Versão
cinematográfica do romance de Érico Veríssimo.27
|
•
Cruz e Sousa - O
Poeta do Desterro, de Sylvio Back
Vídeos;
O Período do Café no Brasil
Café: base
econômica do Segundo Reinado. A superação da crise regencial, a reorientação
centralista e conservadora e a consequente estabilidade do Império a partir de
1850 encontram-se intimamente relacionadas à economia cafeeira.
A estrutura econômica e social do Brasil não havia sido alterada com a emancipação política e continuava, em essência, tão colonial e escravista quanto fora durante o período colonial. Estruturada para a monocultura, a economia colonial e escravista no Brasil prosperou quando produziu uma mercadoria de grande aceitação no mercado europeu e, também, quando não era ameaçada pela concorrência. Assim aconteceu com o açúcar no passado e agora com o café, em meados do século XIX.
O Café e o Estado nacional - a estrutura econômica e social do Brasil não havia sido alterada com a emancipação política e continuava, em essência, tão colonial e escravista quanto fora durante o período colonial. Estruturada para a monocultura, a economia colonial e escravista no Brasil prosperou quando produziu uma mercadoria de grande aceitação no mercado europeu e, também, quando não era ameaçada pela concorrência. Assim aconteceu com o açúcar no passado e agora com o café, em meados do século XIX.
Desenvolvendo-se principalmente no sudeste (Rio, Minas e São Paulo), a cafeicultura forneceu uma sólida base econômica para o domínio dos grandes proprietários daquela região e favoreceu, enfim, a definitiva consolidação do Estado nacional.
As Ferrovias - Em 04 de outubro de 1880, o governo imperial autorizava a construção da companhia de estrada de ferro que ligaria São Carlos ao terminal da via férrea que chegava até Rio Claro.
As plantações de café da região estavam em pleno desenvolvimento e o preço desse produto no mercado externo alcançava cada vez mais resultados favoráveis. Era necessário que se apressasse a chegada do café dos fazendeiros sãocarlenses ao porto de Santos. A solução mais adequada para o momento era a ferrovia estender-se até a nossa região.
As companhias inglesas dominavam a construção das ferrovias e o alto custo desse empreendimento fez com que ficássemos submetidos a elas. Em 06 de setembro de 1865, a primeira locomotiva chegava oficialmente à São Paulo.
Em 1867 a ferrovia chegava até Jundiaí, que passou a ser a principal cidade para onde o café sãocarlense era transportado (no lombo de animais), para chegar até o porto de Santos.
Em 1872 era a vez de Campinas ser alcançada pela ferrovia, mas dessa vez pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Comunicações Fluviais, empresa genuinamente brasileira e paulista. Em agosto de 1876 a estrada chegava a São João do Rio Claro (atual cidade de Rio Claro), a apenas dez léguas de nossa cidade, o que facilitou em muito o trajeto de nosso produto até Santos.
A estrutura econômica e social do Brasil não havia sido alterada com a emancipação política e continuava, em essência, tão colonial e escravista quanto fora durante o período colonial. Estruturada para a monocultura, a economia colonial e escravista no Brasil prosperou quando produziu uma mercadoria de grande aceitação no mercado europeu e, também, quando não era ameaçada pela concorrência. Assim aconteceu com o açúcar no passado e agora com o café, em meados do século XIX.
O Café e o Estado nacional - a estrutura econômica e social do Brasil não havia sido alterada com a emancipação política e continuava, em essência, tão colonial e escravista quanto fora durante o período colonial. Estruturada para a monocultura, a economia colonial e escravista no Brasil prosperou quando produziu uma mercadoria de grande aceitação no mercado europeu e, também, quando não era ameaçada pela concorrência. Assim aconteceu com o açúcar no passado e agora com o café, em meados do século XIX.
Desenvolvendo-se principalmente no sudeste (Rio, Minas e São Paulo), a cafeicultura forneceu uma sólida base econômica para o domínio dos grandes proprietários daquela região e favoreceu, enfim, a definitiva consolidação do Estado nacional.
As Ferrovias - Em 04 de outubro de 1880, o governo imperial autorizava a construção da companhia de estrada de ferro que ligaria São Carlos ao terminal da via férrea que chegava até Rio Claro.
As plantações de café da região estavam em pleno desenvolvimento e o preço desse produto no mercado externo alcançava cada vez mais resultados favoráveis. Era necessário que se apressasse a chegada do café dos fazendeiros sãocarlenses ao porto de Santos. A solução mais adequada para o momento era a ferrovia estender-se até a nossa região.
As companhias inglesas dominavam a construção das ferrovias e o alto custo desse empreendimento fez com que ficássemos submetidos a elas. Em 06 de setembro de 1865, a primeira locomotiva chegava oficialmente à São Paulo.
Em 1867 a ferrovia chegava até Jundiaí, que passou a ser a principal cidade para onde o café sãocarlense era transportado (no lombo de animais), para chegar até o porto de Santos.
Em 1872 era a vez de Campinas ser alcançada pela ferrovia, mas dessa vez pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Comunicações Fluviais, empresa genuinamente brasileira e paulista. Em agosto de 1876 a estrada chegava a São João do Rio Claro (atual cidade de Rio Claro), a apenas dez léguas de nossa cidade, o que facilitou em muito o trajeto de nosso produto até Santos.
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Referências usadas para o trabalho:
COMPONENTES: ÁTILA VALADÃO, MARCELA GUSSANI E NICOLE AZEVEDO.
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